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21-09-2004

Suspensos como que à espera da lotaria


Editorial

Suspensos como que à espera da lotaria ou com a ansiedade própria de uma longa demora pelo resultado da operação de um familiar próximo.
É assim que se sentem os professores no dia de hoje. Quando escrevo estas pobres linhas, mesmo depois da ministra ter na véspera garantido a saída das famigeradas listas ou pautas, continuam suspensos os professores, angustiados os pais e imaginemos que alguns felizes os alunos com mais uma série feriados.
Não é concebível tanta falta de profissionalismo, tanta incapacidade de gestão, tanta escassez de planeamento ao nível de um ministério que têm mais gente que o Cais do Sodré em hora de ponta. Então não previram um plano de contingência para esta situação depois de saberem que este programa informático tinha falhado em Setembro de 2003? Não fizeram avaliações ou controlos parciais no meio do processo como qualquer pequena unidade industrial faz para controlar a qualidade do processo de produção? Era o mínimo que esperávamos. Para culminar tal processo, ainda a comunicação social comenta piedosamente os amuos de alguns chefes que não podem esperar outro destino que não seja a sua demissão depois de um tal falhanço. Pelo que fui lendo andavam todos amuados no anterior ministério da educação como num qualquer jardim-escola em que o mestre da altura, o Dr Barroso não conseguiu pôr ordem.
Imaginar cenário pior é difícil. Aceitar estas falhas é impossível num País que se quer moderno. Já nem mesmo o tradicional desenrascando português salva em situações de aperto.
Claro que a responsabilidade é política como clamam os sindicatos mas não só. A responsabilidade técnica e administrativa deve ser indagada até ao fim. Os políticos, nestas situações são alvos fáceis de abater mas não podem ser os únicos, pela simples razão, de que se apenas os martirizarmos, o essencial do problema permanece no ministério. E dessa defeituosa avaliação a ministra, prof. Maria do Carmo Seabra já deu conta ontem à noite na televisão Viram algum técnico, algum director-geral, algum responsável pela empresa que fez o software dar a cara ou assumir qualquer erro? Vamos infelizmente ver como aconteceu no desastre de Entre-os-rios. Demitiu-se o ministro e bem, mas ainda não existem culpados nem responsáveis. O processo arrasta-se nos tribunais como se penará este processo de averiguações. De certo mesmo, existem as vítimas e que hoje são milhares de famílias.
O Jornal da Bairrada procurará nesta edição fazer um ponto da situação relativamente à abertura do ano escolar na nossa região. Independentemente dos resultados apurados neste trabalho, estou certo do empenho extra dos professores e dos alunos para ultrapassarem as dificuldades que esta lamentável situação provocará inevitavelmente nas suas escolas.

António Granjeia*

*Administrador do Jornal da Bairrada

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